A nutrição e terapia ortomolecular caracterizam-se por administrar, como terapêutica, vitaminas, minerais, aminoácidos, ácidos gordos essenciais, enzimas, pré e próbióticos e hormonas… Os mesmos que deveriam estar presentes nos alimentos consumidos.
O termo ortomolecular, foi criado por Linus Pauling nos anos sessenta, significa «as moléculas exactas na quantidade certa» (HOFFER, 2005), para corrigir as moléculas do corpo será necessário oferecer ao corpo as peças de que ele próprio é feito.A «correcção das moléculas» do corpo com as moléculas que são seus constituintes próprios, significa dar ao organismo a possibilidade de utilizar os seus próprios recursos na normalização das suas funções metabólicas e na recuperação da sua saúde.
Usando as palavras de J P Curtay (1995) …
«Modificando a alimentação e utilizando micronutrientes, a nutriterapia dirige-se principalmente ao organismo com moléculas que o constituem e lhe permitem funcionar. Ela utiliza-se falando ao corpo a sua própria linguagem», Curtay (1995), enuncia as quatro vantagens da nutriterapia:
1 – Reforça os sistemas internos de defesa,
2 – Evita efeitos secundários e tóxicos,
3 – Emprega moléculas amigas em vez de provocar os efeitos secundários negativos como os xenobióticos (substâncias estranhas ao organismo, como os medicamentos e as toxinas, por exemplo)
4 – E por último, há compatibilidade entre as substâncias que manipula.
Segundo a Dra Cristina Sales – Medicina Funcional Integrativa, é muito frequente as doenças crónicas serem acompanhadas da necessidade de terapêutica nutricional ortomolecular por três razões principais:
1- A alimentação é muito deficiente em alguns elementos nutricionais, o que dá origem quadros clínicos graves e bem definidos directamente relacionados com o ou os elementos em falta.
2- A alimentação tem uma deficiência marginal ou mínima em múltiplos nutrientes. Neste caso, os de vários elementos nutricionais em falta minor, potenciam em sinergia de acção a sua deficiência, criando quadros clínicos crónicos, mal definidos, com disfunções ou menor rentabilidade de vários órgãos ou sistemas, dificilmente relacionáveis, numa abordagem menos cuidada, com deficiências nutricionais.
3- As características genéticas de uma pessoa recomendam a necessidade da ingestão de quantidades muito elevadas de determinado nutriente ou grupo nutricional para evitar ou delimitar a expressão genética da sua tendência patológica.
Em todos estes casos a doses terapêuticas ultrapassam, por vezes em muito, as DDR (Doses Diárias Recomendadas). Daí a característica da terapêutica ortomolecular em, por vezes, utilizar suplementação nutricional em doses muito elevadas. Fonte